Fico imaginando como as mulheres antigamente conseguiam cuidar sozinhas de quatro filhos pequenos (ou mais) e ainda cuidar da casa e do próprio marido. Sou sincera em admitir que se fosse eu não conseguiria. Não consigo nem mesmo ficar sem empregada, quanto mais cuidar do meu filho sem a ajuda mais do que necessária do meu marido.
Graças a Deus os tempos evoluíram e atualmente todos os pais participam dos cuidados com os filhos, não somente por obrigação, mas também por prazer. Alguns deles fazem praticamente tudo, menos amamentar.
É o que acontece lá em casa. Meu marido é um paizão e cuida muito bem do Henrique desde o início. Acorda cedo para cuidar dele, troca fralda, dá banho, corta as unhas, lava e esteriliza as mamadeiras, senta no chão para brincar, coloca para dormir, acorda de noite se precisar. Tem hora que o Henrique nem quer saber de mim, só do pai.
A única coisa que ele não consegue fazer muito bem é dar a comida, mas ele se esforça. E dar comida para o Henrique é muito difícil mesmo.
Também faço tudo com muito prazer, mas acho tão gostoso a gente dividir os cuidados. Lógico que cada um cuida do filho da sua maneira e como é importante o parceiro respeitar o jeito que o outro cuida.
Ouço algumas amigas se queixarem dos maridos, como por exemplo não saber combinar a roupa ou arrumar o cabelo das filhas. Outras dizem que eles não dão o banho direito, ou bagunçam demais o banheiro, o quarto e as gavetas, ou que não conseguem arrumar a mochila.
Lá em casa é um pouco diferente. Quem pega no meu pé é o meu marido. Ele fica me dizendo como é o melhor jeito de passar o cotonete, de cortar e lixar as unhas, de pingar o sorine no nariz, de colocar a camiseta sem machucar a cabeça,... E olha que eu é que sou a mãe!
Já conversamos muito sobre isso. Pedi para ele parar de ficar me ensinando a cuidar do Henrique porque fico muito aborrecida. Desde essas conversas, ele vem se esforçando muito para não falar nada.
Então posso dizer, em defesa dos maridos, não é legal. Cada um tem o seu jeito de cuidar. Se o marido já está ajudando, deixa ele fazer do jeito que ele sabe. Vamos dar atenção somente ao extremamente necessário, e não aos detalhes. Por exemplo, trocou a fralda, tomou banho, comeu no horário, está vestido de acordo com o clima. Agora, como trocou a fralda, se bagunçou um pouco o quarto, como organizou o banho e qual roupa escolheu, não interessa.
Se o seu marido participa dos cuidados já está ótimo, não importa que ele não consiga fazer tudo como você faz. E ele não vai mesmo fazer do seu jeito nunca porque ele não é você. Se ele ao menos senta no chão para brincar com o filho de vocês, na minha opinião já está fazendo o que tem de mais valor. Antigamente os maridos não colocavam nem a comida no próprio prato, não lavavam um copo e quando o filho chorava eles chamavam a mulher. Estamos no lucro!
O Henrique deu muita sorte e eu também. Tem um pai maravilhoso que participa de tudo e é tão exigente que nem uma mãe. Fico chateada quando ele faz as recomendações, mas no fundo agradeço a Deus por ele ser tão carinhoso, participativo, cuidadoso e dedicado.
4 comentários:
Telma,fico aqui babando nos seus posts...eles são inspiradores,motivadores e emocionantes.
Engraçado como vejo um pouco de mim em cada um deles.
Falando sobre esta figura primordial no contexto família,posso também agradecer pelo marido que tenho.Graças a Deus,a MALU tem muita sorte,e desde quando nasceu,ainda na maternidade,já teve o privilégio de tomar seu primeiro banho,nos braços do papai.
Porém hoje vejo que tudo é questão mesmo de tempo e de criação...
No meu caso,mesmo amando muito meu pai,o que se faz presente em minha mente quanto á minha infância e a minha criação é a figura de um pai ausente,provedor.
Não me lembro de seus cuidados...não me lembro dele nas festas da escola,não me lembro quando me levou ao médico,muito menos quando brincou comigo.Me lembro sim de nunca ter tempo para família,trabalhar e nos sustentar já lhe ocupavam demais.Portanto cresci com essa ausência...e é engraçado lembrar o quanto era importante pra mim e inesquecível,a vez ou outra que era ele quem nos buscava na escola e não o motorista,pequenos detalhes que faziam toda a diferença.
Então hoje em dia,parando para analisar,me sinto realizada em saber que posso contar com meu marido...o banho,a comida,as brincadeiras,tudo,exatamente tudo que não tive.
Mas como disse acima,tudo na vida é questão de tempo,porque realmente os homens de antigamente tinham o perfil de apenas impor,eram figuras rígidas,disciplinadoras,distantes.
Isso vem mudando bastante,e hoje em dia,já é comum se ver,aquele pai que faz de tudo,troca fralda,coloca pra dormir,exerce junto com a mãe os deveres e afazeres do lar,e graças a Deus esse tempo chegou e junto com ele ainda tive a chance de ver meu pai,aquele pai,que naquela época mais me parecia uma pedra de gelo,se emocionando,cuidando e brincando,mesmo a seu modo, com a minha filha...sorte a dele,com certeza!!!
Bjs Telma....
Daiani Diniz
Oi queri
voltei de viagem e vim te visitar!
Concordo que os pais tem que ser presentes, mas não sou daquelas que fala, ai graças a Deus o Guto me ajuda muito! Pois não acho, que hoje em dia, é ajuda, e sim um compromisso de ambos! Por isso, dividimos as tarefas com o baby, ele sempre dá o banho antes de dormir, e o Antonio adora, e já sabe que é o pai que dá aquele banho antes de dormir! Meu pai sempre foi presente, principalmente na hora de brincadeiras, ele sempre foi mais criativo e imaginativo que minha mãe!E odeio bagunça,guria! Se fez e arrumou tudo bem, mas se fez e deixou para eu arrumar...nananinanão!hahahaha
Adooooro seus textos, e me identifico mto!
Bem que tu podia ser minha vizinha...hein?
Beijos queridona
Telma,
realmente como vc relata, foi muito difícil para
para nós criarmos nossos filhos, eu que o diga !!!. Felismente esta nova geração teve a sorte da evolução dos tempos e com isto deixaram o machismo de lado. Ajudar as esposas nas tarefas domésticas e na criação dos filhos não os deixam menos homens como pensavam os antigos. Para eles, prover a casa e os filhos era o suficiente. A maioria das mulheres não trabalhavam fora de casa, para eles era obrigação delas cuidarem os filhos . Ao meu ver, sendo companheiro e participativo,o pai pode ver de perto tudo que passa ao redor de seu filho . Penso que muita coisa que está acontecendo com os jovens nos dias de hoje é justamente a falta da família e de Deus. Se você souber educar seu filho, dar amor,carinho se fazer respeitar e respeitar, seguramente ele será uma pessoa do bem.
Olá Telma.
Adoro seu blog!
Eu também não sei como as mulheres de antigamente conseguiam fazer tudo isso sozinhas. Minha mãe teve três filhos, nunca teve empregada e dava conta de tudo, a casa sempre bem arrumada, as roupas limpas e passadas, as refeições na hora certa e o mais importante de tudo: os filhos limpinhos e muito amados. Ela nos dava muita atenção e sempre cuidou de todos os detalhes de nossas vidas da melhor forma que alguém pode fazer. Aliás, não sei o que seria de mim sem ela para ajudar com o João Gabriel. Preciso da ajuda dela e do meu marido para dar conta de tudo. É claro que o maridão não dá banho direito, não sabe combinar a roupa e tal, mas faz tudo com muito amor e carinho e isso é o mais importante.
Beijos.
Aline - mamãe do João Gabriel e filha da Adelina a mãe mais maravilhosa desse mundo.
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