Gosto muito de leitura e tenho um pouco de receio com tecnologia em excesso. Fico pensando se no futuro nossos filhos só vão utilizar iPad e confesso que isto me dá um pouco de angústia. Adoro ler um livro de verdade, a leitura é muito mais prazerosa. Lógico que a leitura virtual também tem o seu valor, principalmente por causa da facilidade de acesso às informações. Para mim uma leitura não substitui a outra. Então, assim que possível, quis introduzir o Henrique no mundo dos livros.
Quando o Henrique tinha pouco mais de um ano já comecei a comprar alguns livros, sem compromisso de que ele entendesse qualquer história. Era só para instigar a curiosidade, aprender a passar as páginas e prestar atenção nas figuras.
Comecei com livros de pano com sons e livros de capa dura com abas e efeitos sonoros. Ele se interessou bastante, mas o deixei muito à vontade para pegar o livro na hora que quisesse e sem a obrigação de ver todas as folhas ou seguir a ordem do livro.
Nessa primeira fase, o livro precisa ter algum atrativo. A história tem pouca importância. Devemos procurar livros com figuras que chamam a atenção e se tiver algum som, melhor ainda.
Gostei muito da “Coleção Bebê Achou”, da Editora Caramelo. O livro ajuda a estimular a curiosidade e o desenvolvimento cognitivo-motor da criança. Nesta coleção, o bebê se diverte ao levantar as abas, procurando diversos objetos ou animais coloridos escondidos. Quando a aba levanta, além de ver o brinquedo, a criança é surpreendida com um som diferente a cada página.
Outro livro interessante é “A Banda dos Animais”, pois é muito colorido e cada página tem um som de um instrumento diferente. O Henrique adora instrumentos musicais. Neste livro o que ele mais gosta é do som do tambor que ele até imita todo feliz: “tataratatatá”.
Um livro que parece bem simples, mas que tem um efeito maravilhoso é “O Livro dos Sentimentos” de Todd Parr. Ele traz imagens coloridas e atrativas para demonstrar os sentimentos que podemos ter: tristeza, raiva, alegria, solidão. Acho bem interessante trabalhar os sentimentos com a criança e gosto de fazer uma cara bem específica e engraçada com os olhos e os lábios para ele saber a diferença. É quase brincar de fazer careta. O Henrique adora, principalmente quando faço a cara de brava.
O livro “Seu Soninho, Cadê Você” é o melhor que já comprei. O livro é cheio de efeitos especiais, como abas e bichos que saltam das folhas. A história também é muito interessante: o Jacó, jacarezinho, não consegue pegar no sono e chama aos berros o seu soninho, atrapalhando todos os bichos da floresta. Os bichos ficam bravos, mas depois cantam uma música de ninar para o Jacó dormir. O Henrique até decorou algumas falas do livro: “Pára de berrar”, “cala a boca”. Ele adora quando os bichos ficam bravos e também imita o ronco do Jacó e mostra como o Jacó dormiu.
Os livros de fantoches também são bem interessantes. Tenho um que se chama “Peixinho quer brincar”. É bem bobinho, o Henrique gosta mesmo é do fantoche do peixinho. Coloco o dedo atrás, faço uma voz engraçada e fico mexendo o peixinho. Ele adora. Fantoche é uma brincadeira muito divertida para as crianças.
Minha última aquisição foi “A Casa dos Beijinhos”. O livro também tem abas e figuras lindas e aborda a questão do afeto. No final, o livro diz que o mais gostoso é o beijinho do papai e da mamãe. O Henrique também já decorou. Quando pergunto quem deu beijinho no neném, ele diz o papai e a mamãe. Então ele também dá um beijinho no neném que é o cachorrinho do livro.
Coloquei os livros do Henrique em uma prateleira em que ele mesmo tem acesso para pegar quando tem vontade. Tento fiscalizar para ele não se machucar e também para preservar os livros. Mas se estragar não tem problema, quero que ele tenha um pouco de liberdade para explorar e brincar. Vale a pena! Quem quiser deixar aqui alguma indicação, vou adorar!