quarta-feira, 23 de maio de 2012

Brinquedo inteligente: dominó

Todo brinquedo tem o benefício de entreter, mas alguns são especialmente importantes para estimular a inteligência. Os meus brinquedos inteligentes preferidos são o quebra-cabeça e o dominó. Já falei sobre os benefícios do quebra-cabeça AQUI. O dominó muitas vezes passa desapercebido, mas também tem muitos benefícios.
O dominó estimula a concentração, a percepção visual, a coordenação motora e o raciocínio lógico. Mas o maior benefício do dominó é aprender a lidar com regras. Qualquer jogo que tenha regras é importante para o  desenvolvimento infantil. Regras representam desafios. A criança aprende a cooperar, respeitar limites, aprende a identificar a derrota e a vitória. Em um jogo de regras, só um ganha e os outros perdem. É natural que a criança sempre deseje ganhar, mas ela aprende que a derrota faz parte do jogo. Vitória depende de vários fatores: sorte, habilidades e estratégias. Por isso, introduzir jogos com regras ajuda a desafiar a criança e a prepará-la também para a derrota. A criança aprende que a condição de ganhador e perdedor é transitória. Uma vez ela ganha, outra ela perde. Isso a estará preparando para lidar com as derrotas da vida sem frustração.
Não concordo com os pais que sempre fazem questão de perder nas brincadeiras para os filhos ganharem todas as vezes. Quando jogo com o Henrique, facilito e o ajudo. Não jogo como se estivesse jogando com um adulto. Mas faço questão de ganhar algumas vezes para que ele também aprenda a perder. Atualmente, ele aprendeu tão bem as regras do dominó que só ganho por sorte mesmo. 
No começo, deixei ele ganhar várias vezes e sempre dizia: "Henrique, você ganhou! E a mamãe perdeu!"(mas nunca demonstrei tristeza ou decepção). Então, ganhei algumas vezes e ele sempre achou natural: "Ih, eu perdi, mamãe!"
Ensinar as regras do dominó a uma criança não é simples. No começo, o Henrique achava que comprar as peças era uma coisa boa. Ele também achava que poderia comprar e devolver até encontrar a peça. Aos poucos, a criança compreende e pouco precisa do auxílio do adulto.
E qual é a idade para começar?
Quase sempre subestimamos a capacidade da criança em aprender a jogar dominó. Eu mesma não pensava que uma criança de dois anos fosse capaz de aprender. A Didi deu um dominó quando o Henrique aprendeu bem as cores. Ele tinha menos de dois anos e meio, adorou e progrediu logo. Indico para começar qualquer dominó que contenha imagens ao invés de números. São mais fáceis e atraentes visualmente. Esse dominó de cores do desenho Carros foi uma ideia excelente da Didi e recomendo para vocês! 

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Blogagem coletiva: A maternidade tem gosto de que?

A Lívia do blog Diversão em Família me convidou para participar de uma Blogagem Coletiva em homenagem ao Dia das Mães. Blogagem Coletiva se trata de um tema proposto por um blog para ser abordado pelo maior número de blogs que aderem ao convite. Muito interessante para perceber como o tema pode ser abordado de diversas formas. Nunca participei por falta de tempo de elaborar o texto antes do dia proposto. Quis participar deste tema em especial porque já será minha homenagem para o dia das mães. Fica aqui meus votos de Feliz Dia das Mães para todas vocês com um tom poético inspirado pela Lívia: A maternidade tem gosto de que? Quem quiser participar, deixe aqui nos comentários: como é esse gosto para você ? Obrigada, Lívia, por esse convite tão especial!



Antes de ser mãe,
A maternidade tem um gosto misterioso
Quem prova, aprova
Mas como será esse gosto
O sonho se concretiza numa longa espera
Nove meses,
De ansiedade e contentamento
Se a amostra é boa,
Esse gosto deve ser maravilhoso
Chega o tão esperado dia
Basta um olhar, um cheiro, um toque
E já não se consegue mais viver sem esse gosto
Que gosto divino, sublime, glorioso
Uma luz que irradia,
Um sorriso nos olhos,
Um calor no peito,
Uma imensa alegria
Mas que gosto é esse
É quente, pois aquece
É frio, pois aconchega
É salgado, pois sacia
É doce, pois vicia
Para quem ainda não conhece
Vou logo avisando
É um gosto difícil de definir
Só provando para entender
O gosto do paraíso

(por Telma Degani)

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Estimulando a leitura: brinquedo, histórias e rimas

18 de abril foi instituído como o Dia Nacional da Literatura Infantil em homenagem a Monteiro Lobato, que nasceu em Taubaté, interior de São Paulo, no dia 18 de abril de 1882. Estou esperando ansiosa o Henrique crescer um pouco mais para começar a ler para ele as incríveis obras de Monteiro Lobato. Enquanto isso ainda não acontece, seguem nossas últimas aquisições de livros infantis. Todos os tipos de livros são bons para estimular o gosto pela leitura. Aqui, seguem algumas indicações de livro-brinquedo (bom para começar) e livros com rimas e boas histórias (para crianças um pouco maiores que já estão acostumadas com os livros). 

A Grande Corrida (livro-brinquedo): conta a história de Zippy, um carro que sonha participar de uma grande corrida. O livro tem várias pistas de corrida e um carrinho de brinquedo para tornar a história bem interativa. Basta dar corda no carrinho que ele anda sozinho em volta das pistas magnéticas. Funciona de verdade! Muito interessante para crianças pequenas. Vejam ao lado como funciona e abaixo segue a capa do livro. 
A Menina Dorminhoca: na escolinha do Henrique há um projeto para incentivar a leitura. Toda sexta-feira as crianças escolhem um livro da escola para levar e ler em casa com os pais. A escola instruiu que as crianças são livres para escolher, sendo comum levarem o mesmo livro várias vezes. O Henrique já escolheu este livro duas vezes. Adorou a história e as figuras do livro. Conta a história de uma menina que não acorda de jeito nenhum. Junta a família toda para dar um jeito de acordá-la. Jogam água, gritam que a casa está pegando fogo, a tiram da cama e a colocam sentada na sala... até que a mãe começa a cozinhar, ela sente o cheiro da comida e desperta brava: "Já está na hora do almoço e ninguém me chamou?" 

A Vaca Mimosa e a Mosca Zenilda: esse livro de Sylvia Orthof é maravilhoso, pois a história é toda rimada.  Comprei por indicação do Cuca de Gente Miúda. Conta a Érica lá no Cuca: 
"Todo mundo diz que a mosca Zenilda perturba a vaca Mimosa!
Mas … gente, diz aí se ela não pensou certo:
Ai de mim, será que se eu ficar bem junto dela, também fico linda assim?
Ela só queria ficar pertinho… juntinho assim… e, quem sabe, ela não pegava um pouquinho do jeito da vaca: faceira, formosa, malhada, mimosa! (rimou! rs)"
Aprovamos!

Dez Patinhos: escrito e ilustrado pela premiada artista Graça Lima, este livro conta as estripulias de dez patinhos que não param quietos. A cada dupla de páginas um deles se distrai com alguma coisa e sai de cena. De subtração em subtração, as crianças acompanham o caminho decrescente dos algarismos, em situações divertidas e cheias de movimento. Escrito em versos curtos e de rima simples, Dez patinhos se destina tanto às crianças pequenas, que acompanham a leitura feita pelos pais observando as coloridas ilustrações, quanto àquelas que estão aprendendo a contar. Com dois anos já podemos começar a ensinar os números e a contar (depois conto como estou ensinando). No final do livro há um jogo dos patinhos para as crianças maiores brincarem com bolinhas de papel e dado (pule uma casa, fique uma rodada sem jogar,...)

sábado, 14 de abril de 2012

Brinquedo inteligente: quebra-cabeça

Quebra-cabeça é um brinquedo inteligente que desenvolve várias habilidades nas crianças: concentração, raciocínio lógico, percepção visual, coordenação motora e noção espacial. Mais do que um simples entretenimento, é um grande aliado na educação e no desenvolvimento físico, psicomotor e neurológico. Alguns estudos demonstram que o quebra-cabeça é um instrumento que auxilia inclusive no processo de amadurecimento e resolução de problemas e questões psicológicas.
A concentração e o estímulo visual que essa atividade exige também podem preparar a criança para o hábito da leitura.
O quebra-cabeça fornece bases para a criança adquirir auto-confiança para resolver os problemas da vida, tornando-se apta a explorar, cometer erros e acertos.
Além disso, é um brinquedo que estimula a estratégia, a união entre pais e filhos e o trabalho em equipe. Acredito que os pais devem desempenhar um papel secundário, deixando a criança tentar sozinha e somente dando dicas para facilitar o raciocínio.
É indicado para crianças a partir de 2 anos, devendo-se aumentar o grau de dificuldade para estimular a capacidade da criança progressivamente. No início, são recomendadas peças maiores e resistentes, preferencialmente de madeira. O estímulo pode ser variado: cores, números, letras, meios de transporte, animais, profissões... Todos são interessantes para as crianças.
Comecei a estimular o Henrique com 2 anos. Ele adora! Os brinquedos de encaixe são o primeiro passo para tomar gosto pela atividade. 
Algumas sugestões:
Encaixe Mamãe e Filhote: esse brinquedo da Grow é um primeiro passo para o quebra-cabeça. O Henrique ganhou no aniversário de 2 anos e adorou. Estimula o raciocínio, a concentração, a percepção visual e a habilidade motora, assim como o quebra-cabeça. É composto por 8 cartelas com imagens de animais com a mamãe e o filhote. Destacamos os filhotes e misturamos para que a criança possa procurar e identificar a mamãe. Idade recomendada: de 2 a 4 anos.


Troca-roupa Boy: também é um brinquedo inteligente que prepara para o quebra-cabeça.  Composto por 3 cartelas bem resistentes de madeira com cenários e várias peças de vestuário   para montar a imagem adequada para o cenário (pirata, super-herói, policial e etc). Estimula o raciocínio lógico e a criatividade. Está indicado para crianças a partir de 4 anos, mas pode ser utilizado por crianças de 2 anos. Cuidado com as peças pequenas!

Quebra-cabeça progressivo: há vários no mercado. Gostei muito deste porque as peças são resistentes (de madeira), de ótimo encaixe e as imagens são de fácil compreensão para a criança. São três quebra-cabeças progressivos: 4, 6  e 9 peças. O Henrique logo conseguiu fazer sozinho o de 4 e o de 6 peças. Já o de 9 peças demorou um pouco mais. O objetivo é aumentar o nível de dificuldade para estimular cada vez mais a criança. Indicado para crianças a partir de 2 anos.


Quem tiver mais sugestões, deixe aqui boas dicas de quebra-cabeça para nos ajudar. Inteligência e diversão juntas: estimule isso no seu filho!   


quinta-feira, 12 de abril de 2012

A Páscoa, o ovo e a nova vida

A Páscoa tem um significado muito especial para os cristãos, porque representa a ressurreição de Cristo e o surgimento de uma nova vida. Época de reflexão para relembrarmos o sofrimento de Jesus e também de alegria ao celebrar a promessa de uma vida em abundância. 
O ovo é o símbolo da vida. O coelho é o símbolo da fertilidade. Ambos tem o sentido único de celebrar a nova vida que é a ressurreição. Com o tempo, os símbolos se tornaram mais fortes que o próprio sentido da Páscoa. O importante é não esquecer, ao presentear alguém com o ovo de chocolate, o que está por trás daquele símbolo. Esse ovo expressa a alegria de celebrar a Páscoa, a ressurreição de Cristo e a nova vida.
Como é bom ganhar um ovo de chocolate! Desejo que todos vocês ganhem o símbolo e, mais ainda, espero que todos encontrem o verdadeiro sentido da Páscoa: a alegria de celebrar uma vida nova, rica em abundância e fertilidade. Que a paz, o amor e a esperança desta data renasçam no coração de cada um.

Feliz Páscoa!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Dia Mundial da Conscientização do Autismo


Em 2008, a Organização das Nações Unidas - ONU decretou o dia 02 de abril como o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. A ideia é informar as pessoas sobre esse complexo transtorno do desenvolvimento, visando auxiliar no diagnóstico precoce e também chamar a atenção da sociedade e das autoridades públicas. Os autistas não vivem no mundo deles. Eles vivem no nosso mundo e precisam ser incluídos nele com respeito e amor.
O autismo é um distúrbio de linguagem, comportamento e interação social, ainda de causa desconhecida e mais comum do que se imagina. Atinge 1 a cada 110 crianças, segundo o Center of Deseases Control and Prevention dos Estados Unidos. Há mais casos de autismo na infância do que a soma de AIDS, câncer e diabetes juntos. No Brasil,  estima-se um número de 2 milhões de autistas, mais da metade ainda sem diagnóstico.
Normalmente, se fecha o diagnóstico até os 3 anos de idade por um estudo multidisciplinar (neuropediatra e psicólogo). Quanto mais precoce o diagnóstico, melhor tanto para os pais como para o filho. A criança que inicia logo o tratamento especializado tem mais chances de desenvolvimento. Não existe remédio. O tratamento é multidisciplinar: psicólogo especializado em comportamento, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, pedagogo, educador físico e outros. A criança que faz o tratamento especializado tem uma melhora significativa na comunicação e na interação com as outras pessoas. O autista não interage porque ele não sabe. Por isso, profissionais capacitados devem estimulá-lo. Todas as formas de brincar estimulam o desenvolvimento dos autistas, bem como a música, as artes e várias práticas esportivas como a ginástica olímpica.
Um acompanhamento especializado é dispendioso porque depende de profissionais qualificados de diversas áreas. Daí a importância de que o tratamento seja incluído na rede pública como direito de todos.
Em junho de 2011, o Senado aprovou um projeto de lei que garantirá direitos e atendimento aos autistas do Brasil - que atualmente não contam com tratamento pela rede pública de saúde.  Para ir à sanção da presidente Dilma e virar lei, o projeto precisa ainda ser aprovado pela Câmara Federal, mas está parado sem entrar na pauta dos deputados há mais de oito meses. O andamento do projeto pode ser acompanhado online: http://LeiFederal.RevistaAutismo.com.br.  
O autismo não é considerado uma deficiência física nem mental, portanto não se encaixa na maioria dos direitos já conquistados pelas pessoas com deficiências no país.
Vamos aderir ao movimento para chamar a atenção de todos para o autismo? Compartilhe essa importante campanha. Lute pelo azul! Esta é a cor escolhida para simbolizar o autismo.



Segue uma entrevista com mais informações sobre o autismo com o Dr. Rodrigo Valença, médico oncologista que recebeu o diagnóstico do filho quando ainda tinha 1 ano e meio.


segunda-feira, 26 de março de 2012

Aprendendo a nadar

A Folha divulgou recentemente uma matéria sobre a natação para bebês menores de 12 meses. Segundo um estudo realizado na Bélgica, a natação não é recomendável para bebês com menos de um ano porque eles são vulneráveis e mais sujeitos a infecções, com mucosas muito reativas e pulmões imaturos. Os especialistas belgas advertem que as mesmas vantagens da natação - tanto físicas quanto afetivas - podem ser obtidas com um simples banho. Leia a matéria AQUI.
Achei muito interessante esse estudo e decidi compartilhar com vocês a minha experiência com a natação. Aprendi a nadar já no final da adolescência por recomendação de ortopedista. Logo que aprendi o básico me apaixonei pelo esporte. É um exercício completo, ao mesmo tempo vigoroso e relaxante. Gosto muito porque funciona como uma terapia. 
Na infância, aprender a nadar, além dos benefícios já conhecidos, é uma questão de sobrevivência. Gostando, ou não, a criança precisa aprender. A vantagem de colocar bem cedo na natação é que a criança provavelmente não terá nenhuma resistência a gostar da água.
As academias costumam oferecer a natação para bebês a partir de 6 meses. Eu não conhecia nenhum estudo desfavorável, mas meu instinto materno resistiu. A ideia de mergulhar um bebê ainda pequeno dentro da piscina não me agradava. Será que faz tão bem assim? Será que ele vai adoecer mais? Será que ele vai gostar da natação se eu colocar um pouco mais tarde?
Como eu também não tinha tempo para levar o Henrique nas aulas, deixei o tempo passar. Ao questionar a pediatra, ela disse que preferia que eu esperasse mais, já que Henrique adoecia muito (dos 7 meses até os dois anos). Ela me falou que as mães se cobram muito para colocar o filho na natação e se não conseguem colocar bem cedo sentem como se estivessem causando algum prejuízo na vida da criança. Não é bem assim. 
Sobre as doenças, não acho que a água faça adoecer mais. Só que se a criança já está com nariz escorrendo ou com tosse pode piorar ainda mais. Se a criança vai a creche ou escola, quase sempre ela está assim. Então, colocar na natação significa de duas uma: ou a criança vai piorar ou vai faltar muitas aulas. Se a criança tem tendência a otite, a água também não é muito indicada.
Preferi esperar a imunidade do Henrique melhorar e o coloquei na natação com dois anos e três meses. Foi ótimo porque nessa fase eu ainda fazia a aula com ele, o que deixa mãe e filho mais seguros. Completamente adaptado ao meio aquático, o Henrique mudou de turma e agora faz a aula sozinho. Que emoção ver o filho batendo as perninhas para atravessar a piscina!
O Henrique sempre gostou muito de água. Por isso, vou colocar umas dicas que observei serem muito boas para facilitar a adaptação ao meio aquático:

* Quando bebê, nunca dê o banho se ele estiver com fome para não criar uma resistência à água. Lá em casa, eu sempre amamentava o Henrique antes do banho (só um pouco) e complementava a mamada depois. Acho que ajudou.

* Bebês pequenos se sentem mais seguros de bruços do que de barriga para cima. Por isso, comece o banho de bruços e tente dar o banho quase todo nessa posição. Vire o bebê para cima só no final e bem rapidamente para terminar o banho. Se possível, dê o seu dedo para ele segurar porque o bebê se sente muito inseguro com a barriga para cima.

* Quando o bebê começar a ficar mais esperto e já estiver sentando, coloque uns brinquedos na água. Vale qualquer brinquedo seguro. No começo ou colocava bichos de borracha. Depois comecei a colocar qualquer brinquedo de  borracha ou plástico, até aqueles próprios para areia, como baldes, potinhos, regador, forminhas... O banho vira um momento de brincadeira delicioso!

* Quando ele estiver um pouco maior, acostume a jogar um pouco de água na cabeça dele com os próprios brinquedos ou com sua mão.

* Depois que ele já estiver acostumado a jogar água na cabeça, você pode também ensiná-lo a afundar um pouco a boca na água para fazer bolhinhas (tente fazer junto para mostrar e diga que vão brincar de caminhãozinho). Essa é uma atividade que eles fazem na natação.

* Lá em casa, banho é brincadeira até hoje. Como o Henrique não cabe mais na banheira já há algum tempo, compramos uma bacia de plástico bem grande para o banho durar mais tempo.

Aqui em Brasília, os bebês começam a fazer as aulas sozinhos de dois a três anos, dependendo da academia. Para mim, foi muito bom fazer aula junto com o Henrique antes. Mais do que ele, eu mesma precisava segurá-lo para me sentir mais segura. Se a mãe (ou o pai) são apavorados ao extremo, é melhor trazer outra pessoa para acompanhar a criança. Pais apavorados causam muita insegurança na criança.  
Depois que a criança começa a nadar sozinha, ela fica bem mais solta e se desenvolve muito rápido. Logo consegue mergulhar e atravessar boa parte da piscina batendo as perninhas. Muito emocionante!
No meu entendimento, não existe um momento perfeito para aprender a nadar. Sempre é ótimo aprender! Mas acho mais adequado para bebês um pouco maiores (a partir de 1 ano e 6 meses). Se ainda não deu para colocar seu filho, tente assim que for possível. Quanto mais cedo, a criança tem mais facilidade e menos resistência a gostar da água. E os benefícios são muitos! 

quinta-feira, 22 de março de 2012

Programa Mais Brasília Kids


Já tinha ouvido falar sobre os teatrinhos infantis de ótima qualidade que são apresentados semanalmente no Brasília Shopping. Não sabia como funcionava. Os ingressos são vendidos na Bilheteria do Espaço Cultural do Brasília Shopping a um valor de R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia). A boa notícia é que, para quem se cadastrar no programa Mais Brasília Kids, os ingressos podem ser retirados gratuitamente. Será que todos os papais e mamães de Brasília já conhecem esse programa?
Para quem ainda não conhece, o Mais Brasília Kids é um ótimo programa de relacionamento oferecido pelo Brasília Shopping, voltado para crianças de zero a 12 anos, que oferece ingressos gratuitos para as sessões de teatro infantil realizados no Espaço Cultural Brasília Shopping. Para fazer uso do benefício, o cliente deverá apresentar o seu cartão de associado Mais Brasília Kids e uma cédula de identificação com foto.

Como se associar:

O responsável deverá preencher o cadastro com dados pessoais como nome, carteira de identidade, CPF, telefone, endereço, e-mail, cidade, estado e CEP, e incluir os dados da criança como dependente.
O cadastro é realizado no Balcão de Informações do Brasília Shopping com um documento de identificação. Importante: não há qualquer custo para se cadastrar ou manter-se associado no programa.

Teatrinho infantil:

Cada sócio do Mais Brasília Kids tem direito de retirar, por final de semana, dois ingressos grátis para o espetáculo. As sessões são realizadas no sábado e no domingo às 15 horas e às 17 horas.
Para obter os ingressos, o responsável deve comparecer ao Balcão de Informações do Brasília Shopping nos dias do espetáculo, a partir de 13 horas, e apresentar à recepcionista o seu cartão de associado acompanhado de uma cédula de identificação com foto. Os ingressos só tem validade na data e horário do espetáculo.
Caso tenha interesse em adquirir mais ingressos, o associado pode adquiri-los na Bilheteria do Espaço Cultural a um preço especial de R$ 12,00.
Preço normal do ingresso na bilheteria: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia).
O Teatro Brasília Shopping tem capacidade para 100 pessoas, ar condicionado e moderno equipamento de som e iluminação. Normalmente, as peças infantis são apresentadas pela conhecida e ótima Cia Teatral Neia e Nando que os pais e as crianças brasilienses adoram.


E vocês, já conhecem o Mais Brasília Kids? Estão cadastrados? Já assistiram os espetáculos e gostaram? Contem sobre a impressão de vocês sobre o programa.

Informações: (61) 21092122

segunda-feira, 19 de março de 2012

Choro na hora de ir para a escola

Desde que voltei a trabalhar, o Henrique começou a ficar parte do dia em casa e parte no berçário (até 1 ano e meio) e depois na escolinha. Não abro mão da escola porque acredito ser o melhor para o desenvolvimento do meu filho. Algumas pessoas dizem que escolinha nessa idade do Henrique só serve para brincar. Não é bem assim. Desde o berçário, pude constatar que as atividades realizadas auxiliam muito o desenvolvimento motor e afetivo, a sociabilidade e a comunicação verbal. Se a mãe pode ficar em casa cuidando do filho pode suprir os estímulos. Mas, se a opção for uma empregada ou babá, acredito que o melhor é substituir pelo menos parte do dia pela escola. Além da dificuldade de encontrar alguém de extrema confiança, em casa torna-se inevitável o uso exagerado da televisão.
Adoro a escola e não sofro nada de deixar o meu filho em um local seguro, com pessoas preparadas, cheio de amiguinhos, brinquedos, parquinhos e muitas atividades legais que não temos como proporcionar em casa. Mesmo que ele chore e peça para não ir, sei que a escola é a melhor opção. O período de adaptação pode ser difícil, mas passada essa fase, a escola só traz benefícios.
Quanto à adaptação, já escrevi AQUI a experiência do ano passado. O Henrique chorou vários dias, mas depois pegava a mochila e pedia para ir mesmo antes do horário da aula. Este ano, também houve um período difícil de adaptação. Será que todo início de ano é assim?
Depende, da criança e das mudanças. Umas crianças têm menos resistência por serem mais independentes, seguras, muito sociáveis e comunicativas. Algumas têm mais dificuldade em se adaptar por serem mais tímidas ou sensíveis. Outras estão no meio termo, sentem mais ou menos a adaptação, dependendo da quantidade de mudanças. Se a escola é nova, fica mais difícil. Mesmo quando a escola é a mesma há uma pequena adaptação nos primeiros dias porque as tias são diferentes. Se os amiguinhos são os mesmos, facilita um pouco.
No caso do Henrique, acredito que ele teve resistência este ano porque mudei o turno da escola, do vespertino para o matutino. Além dos amiguinhos não serem os mesmos, ele precisou se adaptar a acordar mais cedo e driblar a preguiça de sair de casa logo pela manhã.
Na minha opinião, não existe um turno melhor para a escola. O período matutino tem algumas vantagens, e o vespertino outras. Para fazer a escolha, o fundamental é pensar qual período é melhor (ou o único viável) de acordo com o horário de trabalho e a disponibilidade dos pais. A criança vai se adaptar.
O Henrique não acorda tão tarde, mas tem um ritmo mais lento pela manhã. Precisou se acostumar. No começo, ele acordava e reclamava muito: “Não quero a escola! Quero brincar na minha casa, no meu quarto!” Mesmo assim, ele ia para a escola e a professora dizia que ficava bem e feliz.
Na segunda semana, ele adoeceu. No dia que ele estava melhor, não quis ir para a escola: “Mas, eu estou doente... Estou tossindo!” E fez um cof, cof, cof forçado. Nesse dia, cedemos ao charme porque já era sexta-feira.
Depois de alguns dias ele voltou, mas continuou reclamando na hora de ir. Até que um dia ele só perguntou: “Já é dia?! Eu já vou pra minha escolinha?” “Sim, filho!” “Então tá!” Outro dia, ele acordou e disse: “Eu quero a minha escolinha!” Hoje, o papai foi buscar e o Henrique chorou (para voltar para casa!)
Confesso que o processo foi doloroso para mim. Cheguei a me questionar se ele realmente se adaptaria a  estudar pela manhã, se havia errado na minha escolha, se eu deveria mudar o meu turno de trabalho, se ele estava sentindo muita falta dos amiguinhos... Mas passou e estamos todos muito felizes e adaptados.
Acho importante não demonstrar pena e não ceder às reclamações do filho. Ele vai e pronto. Não tem que ficar argumentando demais. Se não a criança aprende que sempre pode manipular os pais quando quiser. Quase sempre o choro serve mesmo para chamar a nossa atenção.
Explique que o papai e a mamãe precisam ir trabalhar e que agora ele vai ficar na escola. Elogie, incentive, mostre as qualidades da escola, demonstre sua alegria ao buscá-lo, pergunte sobre o dia e as atividades que ele fez. Importante também sempre perguntar para a professora como ele fica lá na escola. Se ele resiste ou chora na hora de ir, mas depois fica bem, participando das atividades e interagindo com os amiguinhos e as tias, está ótimo. Certeza que logo ele estará adaptado e amando a sua escolinha! 

terça-feira, 13 de março de 2012

Para os pequenos leitores: Colar e Encantar

Adoro livros e incentivo o Henrique desde que ele tinha pouco mais de um ano.  Crianças pequenas precisam de algum atrativo porque não conseguem se concentrar ainda na história do livro. Por isso, os primeiros livros devem ter gravuras bem atraentes ou algum outro recurso que chame a atenção da criança, como sons e abas.


No final do ano, o Henrique ganhou um livro muito original da Coleção Colar e Encantar chamado Uma Aventura Espacial. A história é personalizada com o nome e a foto de 4 personagens. Os trechos da história personalizada e as fotos são enviadas em cartelas de adesivos para serem colados no livro. Muito interessante esse processo em que as crianças também podem participar da montagem do livro.  Além disso, as histórias são de  linguagem fácil, totalmente acessível às crianças, e sempre trazem um ensinamento. Indico para vocês porque realmente é um ótimo produto. Uma boa dica para presentear qualquer criança, de todas as idades.

Sobre o Colar e Encantar: o Colar e Encantar desenvolveu uma coleção de livros educativa, interativa e lúdica, com o objetivo de despertar na criança o prazer pela leitura, trabalhar a afetividade, a curiosidade, o reconhecimento de si mesma e do mundo ao seu redor. Com um vocabulário acessível e ilustrações que atraem a atenção do pequeno leitor, os livros ajudam a descobrir e compreender que a leitura pode ser um desafio interessante e prazeroso. Além disso, a participação da criança como protagonista da história e o uso de imagens com fotos e nomes personalizados completam a fantasia e são meios de estimular ainda mais a interação dos pequenos com o enredo, tornando-o mais envolvente e dinâmico. Entre uma diversão e outra, os livros começam a se tornar tão atraentes quanto os próprios brinquedos.


Sobre a autora Rejane Amaral Resende: a ideia nasceu de uma mãe atenta e consciente de seu importante papel na estrutura familiar, na formação educacional de sua filha, proporcionando segurança, carinho e respeito, fundamentais para o desenvolvimento de uma criança saudável. Ela queria criar um momento de interação junto à filha, para trazer mais proximidade e confiança entre elas. A ideia de fazer livros personalizados para crianças foi estimulante porque, a cada dia, surgiam novas possibilidades. Tinha em mente que incentivar o gosto pela leitura era o primeiro passo para promover o aprendizado das crianças. Para realizar este objetivo, ela se aprofundou no mundo infantil e escreveu o primeiro livro, e depois outro. Fazia cada livro imaginando o sorriso da criança e as surpresas que esta nova forma de leitura poderia proporcionar. Assim, nasceu o Colar e Encantar, para fazer dessas histórias mais que entretenimento: um momento de interação e diversão entre crianças e adultos, em meio à rotina diária. A autora percebeu, nesta caminhada, a necessidade de compartilhar este conhecimento com pais e educadores, para contribuir na formação de outras crianças.


Sobre os livros: por enquanto, o Colar e Encantar tem dois livros personalizados: Uma Aventura Espacial e Uma Aventura Mágica. O primeiro é mais apropriado para meninos, e o segundo, para meninas. Em ambos, há 4 personagens na história: dois adultos (pais, tios, padrinhos, avós...) e duas crianças (o presenteado que é o personagem principal e um(a) amiguinho(a) ou irmão (ã). Quem encomendar o livro, precisa enviar os nomes e as fotos de cada personagem. 


Uma Aventura Espacial: o personagem principal vê uma estrela vermelha no céu e tem a ideia de construir uma espaçonave para conhecer Marte. Os outros personagens ajudam na construção e lançam a espaçonave com o pequeno astronauta. Chegando em Marte, a criança encontra um planeta super divertido, colorido, cheio de balões brilhantes,  homenzinhos coloridos, carros voadores... Um homenzinho dá as boas vindas e explica que Marte é a terra das brincadeiras e das cores. A criança brinca muito com os "marteanos" e volta para casa para contar tudo o que viu.


Uma Aventura Mágica: nessa história, a menina que é a personagem principal encontra dois filhotes de passarinho caídos no chão e quer muito ajudá-los. Ao mexer em um baú de brinquedos, aparece um gênio que concede à menina apenas 1 desejo. Ela escolhe ajudar os passarinhos. O gênio transforma, então, a menina em uma fada com asas para que ela mesma pegue os passarinhos e os coloque em cima da árvore. O gênio fica tão orgulhoso da menina, pois ela usou seu único desejo para ajudar os passarinhos, que faz uma mágica: sempre que ela quiser ajudar alguém se transformará em uma fada.


Receitas Divertidas: outro trabalho muito original e um ótimo presente para incentivar a participação das crianças na cozinha. Receitas Divertidas são 20 cartões com receitas personalizadas com adesivos. Na frente de cada cartão, o adesivo traz uma foto da criança vestida de gourmet. Atrás do cartão vem a receita personalizada (ex: Brigadeiro da Juliana). Adorei essa ideia de trazer as crianças para a cozinha (sempre acompanhadas de um adulto é claro). As receitas são fáceis e as crianças podem aprender as medidas, os ingredientes e a compreender como é o modo de preparo de uma receita. Cozinhar pode ser uma brincadeira muito divertida. Tenho certeza que elas vão adorar!

Assim como o Colar e Encantar, acredito na participação efetiva dos pais, desde cedo, para garantir o envolvimento das crianças com a leitura, tornando-se um ótimo caminho para o aprendizado. O poder de encantamento das palavras e das ilustrações dos livros cria um universo mágico que, além de aproximar a família e estimular o vínculo entre pais e filhos, diverte e possibilita infinitos conhecimentos. O que é bom a gente indica!

Para acessar o site e saber mais sobre os produtos do Colar e Encantar clique AQUI.



Fotos do livro Uma Aventura Espacial 


Central de Atendimento:
Telefone: (19) 9462-1658

quinta-feira, 8 de março de 2012

Desfralde sem pressa

A fase de retirada das fraldas costuma causar uma série de dúvidas nos pais. Qual será a hora certa? Esse deve ser um momento tranqüilo, considerado como parte da vida da criança e encarado pelos pais com naturalidade e sem angústias.
Geralmente a criança de dois anos já está preparada para o desfralde. Nessa fase, ela já está bastante independente e se comunica bem, o que facilita muito o processo. Os dois anos inauguram uma série de novidades na vida da criança e também na relação com os pais. A criança está mais madura e pronta para conquistar algumas habilidades que a deixarão menos dependente de seus pais. Eles adoram pensar que já são meninos e meninas crescidos, e não mais bebês.
Devemos lembrar sempre que cada criança tem o seu desenvolvimento e tempo próprio para adquirir as novas habilidades. Os pais devem observar a criança e respeitá-la. Conheço algumas que já estavam prontas para retirar as fraldas antes dos dois anos. Já falavam bem, avisavam quando faziam as necessidades, incomodavam-se com as fraldas. Outras estão mais preparadas perto dos três anos. Retirar as fraldas de uma criança que não tem maturidade suficiente pode causar sérios problemas de incontinência urinária ou de intestino preso. Nada melhor do que dar tempo ao tempo e respeitar a individualidade.
Quanto ao desfralde, nunca tive pressa. Para mim, vantagem e praticidade é usar fraldas. Não consigo entender o motivo pelo qual algumas mães fazem tanta questão de retirar as fraldas tão cedo. Na minha opinião, o melhor a fazer é observar as dicas da criança de que já está preparada. Se a  criança ainda nem sabe falar xixi e cocô, acho melhor esperar.
Com dois anos, achei que o Henrique ainda não estava pronto, mas já comecei a prepará-lo. Passei a perguntar se ele queria fazer xixi ou cocô. No início, ele dizia sempre não. Depois de algumas vezes ele passou a responder que sim. Eu levava e retirava a fralda. Algumas vezes ele fazia, outras não. Fiz isso vários meses. Com dois anos e quatro meses, achei que ele estava preparado. Mas, como eu estava morando fora de casa, achei melhor esperar terminar a reforma. Então, somente retirei com exatos dois anos e meio. 
Tenho certeza que foi na hora certa, pois o processo foi muito rápido. No primeiro dia, foi um terror. Quase desanimei, pois precisei lavar todas as cuecas do Henrique duas vezes. No dia inteiro, ele só acertou duas vezes. De trinta em trinta minutos, eu perguntava se ele queria fazer xixi. Ele sempre respondia que não, mas passava cinco minutos fazia xixi na cueca.
No segundo dia, foi bem mais fácil. Continuei perguntando de trinta em trinta minutos. Ele molhou poucas cuecas. No quarto dia ele mesmo passou a avisar e pedir para ir ao banheiro. Mesmo assim, eu perguntava de hora em hora. Com uma semana, o xixi estava treinado. Já o cocô demorou um pouco mais (cerca de dez ou quinze dias).
Como eu nunca tive pressa, continuei usando a fralda quando saia de casa (por um mês) e também na hora de dormir, na soneca (por dois meses) e à noite. A fralda noturna ainda não tirei, nem pretendo tirar tão cedo, pois amanhece encharcada de xixi.  Sei que faz parte do processo acordar a criança de madrugada para fazer xixi, mas o Henrique demorou tanto para dormir a noite toda que estou aproveitando. Além disso, toma leite e água antes de dormir e, por isso, faz muito xixi.
Comigo foi assim: sem pressa! Cada um tem o seu método e o seu tempo. 
Como adoro livros, quero indicar um muito legal que o Henrique ganhou no aniversário de dois anos. Ajudou bastante a despertar a curiosidade dele. Chama-se Cocô no Trono. Conta a história de vários animais, cada um com seu jeito engraçado de fazer o cocô. O pintinho fica caçoando de todos os bichos até que ele também aprende a fazer o cocô na privada do seu jeito e dar a descarga (tem um botão sonoro que faz o maior sucesso). No dia que o Henrique ganhou o livro, viu no mínimo vinte vezes. Comecei a perguntar: “Henrique, quer fazer xixi na privada, igual ao pintinho?!” Ele achava o máximo! Até hoje ele adora o livro, principalmente na hora de dar a descarga.


quinta-feira, 1 de março de 2012

Ga-ga-ga-gagueira infantil


A fala do Henrique só começou a evoluir bem a partir dos dois anos. Com dois anos e meio ele começou a se expressar com frases completas. Virou um tagarela. Tudo estava indo muito bem até que há alguns dias atrás ele começou a gaguejar bastante. No primeiro dia me chamou a atenção. Uma semana depois comecei a me questionar se seria normal ou se deveria procurar um especialista. Será que aconteceu algo? Pode ser sinal de ansiedade? Será que ele está muito agitado? 
O Henrique começou a ficar nervoso com a gagueira e até passou a desistir de falar em determinadas situações. Às vezes ele começa a falar, vêm os tropeços G-G-G-G..., e não consegue concluir. Nesses casos, sempre insisto: "O que foi, Henrique?" Ele, frustrado, algumas vezes responde: "Nada, mamãe". Fico muito triste quando ele desiste de se expressar para completar o raciocínio.
Então, procurei uma fonoaudióloga de confiança para esclarecer minhas dúvidas. Ela me tranquilizou e disse que a gagueira infantil é muito normal até os 4 anos. Chama-se gagueira fisiológica e ocorre porque o cérebro, nessa fase do desenvolvimento (2 a 4 anos), está crescendo em um ritmo tão acelerado que a fala não consegue acompanhar. A criança pensa tão rápido que não consegue articular tudo o que passou por sua mente. 
Como agir: o melhor a fazer é agir naturalmente, como se não houvesse nenhum problema. Jamais devemos pedir para a criança ficar calma, falar mais devagar, ou parar e respirar. Essas atitudes deixam a criança ainda mais tensa na hora de falar, acentuando a gagueira que poderá se tornar permanente. Os pais devem deixar a gagueira acontecer, escutando o filho normalmente sem interromper ou completar a palavra. Não devem se mostrar impacientes. Se acontecer, como o Henrique, de desistir de falar, incentive-o a continuar: "Pode falar, filho, a mamãe está aqui para te escutar e te entender". Oriente, também, as pessoas mais próximas, como a professora e os familiares.


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Repelente natural

O Henrique é muito alérgico a picadas de insetos, principalmente pernilongos. Algumas vezes ele inchou tanto que precisamos dar anti-alérgico (Hixizine). Quando ele era bebê não nos adaptamos ao mosquiteiro, pois ele sempre foi muito calorento. O jeito foi recorrer aos remédios que ligam na tomada.
Na última consulta à pediatra, ela me alertou para NÃO utilizar esses remédios, pois são extremamente tóxicos. Fazem muito mal à saúde, principalmente para crianças que já apresentam quadro de doenças respiratórias, como é o caso do Henrique (com alguns episódios de laringite e bronquite). Uma vez comprei em loja natural um aparelho sonoro, também de ligar na tomada, mas não funcionou. 
O que fazer, então? 
Repelentes em loção: a partir de 2 anos, normalmente os pediatras autorizam o uso de repelentes específicos para crianças. Somente se aplica nas áreas expostas, no máximo três vezes ao dia, para evitar intoxicação. Não pode aplicar no rosto. Também não gosto de passar nas mãos para não correr o risco da criança levar a mão à boca.
Repelente natural: algumas pessoas utilizam produtos naturais, como a citronela, ou receitas caseiras para afastar os pernilongos. Ainda não testei. Para quem quiser tentar, nos comentários ao post tem uma receita indicada pela Tati (só para crianças a partir de 3 anos). A pediatra me deu uma dica muito antiga para testar: o Complexo B. Dizem que o polivitamínico afasta os pernilongos porque faz exalar um cheiro na pele. Há controvérsias sobre sua eficácia. Dizem que os estudos não comprovaram. Mas os antigos afirmam que funciona. O Complexo B deve ser utilizado uma ou duas vezes por dia, de acordo com a recomendação do pediatra. Promete também abrir o apetite. Nessa parte estou comprovando e aprovando a eficácia! Se a criança começar a engordar, é melhor parar. Estou aproveitando o apetite para dar frutas e outros alimentos que o Henrique não está aceitando muito bem. Sobre as picadas, ainda não comprovei se realmente funciona.
A dose sugerida ao Henrique (2 anos e 8 meses e 15,5 quilos) foi a de 2,5 ml por dia (se não funcionar, aumentar para 5 ml). Se for o Beneroc Junior: 10 gotas, duas vezes por dia. Atenção: o seu pediatra sempre deve ser consultado!
Alguém já tentou o Complexo B com essa finalidade? Perguntem sobre ele na próxima consulta ao pediatra.   Acredito que mal não faz. Mas nunca dê remédio ou vitamina sem a autorização do pediatra do seu filho! Pergunte também sobre o risco de hipervitaminose, pois a Laura nos alertou que aconteceu com ela.
(No meu caso, comecei a utilizar o Complexo B, mas o apetite do Henrique aumentou tanto após alguns dias que achei melhor parar... Não pude constatar se ele realmente afasta os bichinhos indesejados). 
Se alguém tiver outra dica para afastar os pernilongos, nos avise, por favor.
   

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Paixão pelas letras

Acho bem curioso o modo como as crianças elegem seus brinquedos preferidos. Não importa se o brinquedo é caro ou barato, tem ou não efeitos sonoros, tem um propósito pedagógico ou nenhum. Muitas vezes quebramos a cabeça para tentar agradar. Escolhemos algo mais caro ou complexo, repleto de sons e efeitos especiais, mas elas se interessam pelo mais simples de todos. Então, o brinquedo menos esperado se torna o preferido, sem nenhuma explicação aparente. De repente, aquele brinquedo começa a acompanhar a criança na hora de brincar, comer, tomar banho, passear e dormir.
O Henrique brinca de tudo. Temos um quarto de bagunça, carinhosamente chamado de quarto de brinquedo.  Ele mexe, brinca e bagunça tudo à vontade. Normalmente ele brinca um pouco com cada brinquedo todos os dias. Mas sempre tem um preferido que ele carrega do quarto de brinquedo para todos os cantos da casa.
Atualmente o brinquedo preferido, para meu espanto, são as "letras". "Letras" para ele são seis blocos de encaixar que fazem parte de um brinquedo chamado "Jacaré Didático". Tem o A, B, C, 1, 2 e 3. Ele carrega as "letras" para todos os lugares aonde vai. São seis "letras" e ele quer carregar todas de uma só vez, sem deixar nenhuma para trás. Faz o maior malabarismo. Quando alguma cai no chão ou some ele fica muito chateado ou nervoso. "Cadê o C, mamãe?" "Pega o 3, mamãe". "Mamãe, o A sumiu!" Não sossega até conferir que todas as seis estão lá com ele. Ele leva as "letras" para tomar banho, enche todas de água, depois tem que levá-las todas junto com ele para secar na toalha. As "letras" vão para a mesa almoçar, as seis todas do lado dele. Quando vamos ao parquinho, pego uma mochila para levar alguns brinquedos. "Henrique, o que você vai levar? Quer levar os carrinhos Hot Wheels?" "As letras, mamãe". "E o que mais, filho?" "Só as letras mamãe". Chega no parquinho, ele tira todas as letras da mochila e inventa mil brincadeiras com elas. Põe uma em cada balanço ou cadeirinha, brinca de fazer comidinha com elas, ou de atirá-las em um alvo, e várias outras idéias. 
E na hora de dormir, lá estão elas, quase todas as noites, do lado dele.
Sem explicação...
O que será que ele viu nessas letrinhas?

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

É docinho!

Introduzimos o doce na alimentação do Henrique somente após os 2 anos. A pediatra disse que, quanto mais tarde, melhor. Não precisa ter pena, porque a criança não sente falta do que não conhece. Com 1 ano e meio, começou a ficar difícil, pois ele passou a prestar mais atenção nos doces das festinhas de aniversário. Eu falava que aquilo que tinha na mesa era enfeite (mãe má!). Ele acreditava no início, mas depois foi ficando complicado enrolar... Eu e meu marido comíamos escondido para não despertar a curiosidade do Henrique.
Até que no aniversário de 2 anos, demos um brigadeiro e ele não parou mais! Ele ama tudo de “cocoiate”, principalmente “begadeio” (brigadeiro) e chocolate Batom.
Toda vez que quero fazer um agrado, falo que trouxe uma surpresa. Mas surpresa só é boa para ele se for chocolate. Prefiro dar outras surpresas, como bolinha de sabão, massinha de modelar, canetinha, livrinho para colorir... Ele gosta também. Só que toda vez ele pergunta: “É cocoiate, mamãe?”
Em alguns dias ele come tudo e diz que quer surpresa. E quando não tem surpresa, fica bem triste e reclama: “Tem sim, mamãe!” Nessas horas, é bom ter sempre gelatina na geladeira. Digo que só tem gelatina de surpresa e quase sempre ele se conforma.
Uma observação: não acho boa ideia prometer uma surpresa toda vez que a criança come. Acostumá-la a comer à base de chantagem não é correto e cria um péssimo hábito. Depois, a criança fica fazendo escândalo toda vez que não tem surpresa ou a mãe se vê obrigada a dar sempre uma sobremesa.
Doce é muito bom. Recomendo adiar ao máximo a introdução do doce  porque não traz benefício algum à alimentação. Concordo com minha pediatra: não sente falta quem não conhece. Mas depois que a criança conhece... O jeito é evitar ter em casa no dia a dia, deixando para festas ou final de semana.
O Henrique gosta tanto de doce que ele criou uma expressão para oferecer o que está comendo: “É docinho!” Independe se é doce ou salgado. Tudo o que ele acha bom “É docinho!” Pode ser pão, arroz, frango, cuscuz, pipoca, bolo, pizza, qualquer coisa que  ele acha gostoso. “Come, mamãe, o pão. É docinho!” “Quer pipoca, Didi? É docinho!” “Come, papai, o bife. É docinho!” Ele fala assim, insistindo bastante e dá um pedacinho do prato dele. Acho tão bonitinho que não o corrijo. Ele acha que “É docinho” é sinônimo de muito bom! Não é uma graça?
Outro dia, ele utilizou a expressão em outro contexto, bem engraçado. Estávamos brincando de massinha de modelar no quarto. Ele queria brincar na sala para assistir TV. “Vamos, mamãe, lá pra sala”. “Ah, não, Henrique. Vamos brincar aqui no quarto que é muito mais legal”. “Ah, não, mamãe, na sala. Vem, mamãe. É docinho!” 

sábado, 28 de janeiro de 2012

Quarto de menino grande

Na minha opinião, o momento mais adequado para mudar o quarto de bebê para quarto de menino ou menina crescidos acontece por volta de dois anos. O quarto do Henrique foi modificado aos dois anos e meio. Quis juntar as duas etapas de retirar a fralda e o berço ao mesmo tempo para ele perceber que já era um menino grande. Ele gostou das novidades e se sentiu muito importante!
Para mim, em um quarto de menino ou menina crescidos não pode faltar: cama junior, mesinha e cadeirinha para desenhar e móvel para guardar livros e brinquedos na altura da criança, para que ela mesma possa pegar quando quiser brincar. Pesquisei em algumas lojas, mas a linha de móveis que mais gostei foi a da Tok&Stok.
Ao invés de cama, fizemos a opção da cama junior, um pouco menor em comprimento do que a de solteiro e mais baixinha. A caminha é tão baixa, que não tem perigo da criança cair no chão e se machucar. Dura até os 5 ou 6 anos.

Magie cama junior extensível (depois pode ser adaptada para solteiro)
A cama junior tem um tamanho específico (46 cm de altura, 94 cm de largura e 1,70 cm de comprimento - o colchão tem mais ou menos 1,60 cm). Isso dificulta um pouco a procura por lençóis. Mas a Tok&Stok já vende vários modelos bem lindos: 

Coleção Animadinhos (saiu de linha, mas as lojas ainda estão vendendo as peças em estoque)
Coleção Feliz Cidade (LANÇAMENTO)

Coleção Jurassic (LANÇAMENTO)

Coleção Ballet

Coleção Fofuras (LANÇAMENTO)


Modelos de cadeiras infantis (gosto das coloridas): verifique se a cadeira dá estabilidade ao sentar!

Country Cadeira Infantil (cores azul, vermelho, amarelo, branco e garapa - cor de madeira)
Magie Cadeira Infantil (cores branco e rosa - LANÇAMENTO)

Country Mesa Infantil
DICA IMPORTANTE: compre um plástico transparente grosso para colocar em cima da mesa. Caso contrário, ela não resistirá às canetinhas, giz de cera, lápis de cor, massinha... Comprei na Pioneira da Borracha.

Magie Escrivaninha Infantil


 Estante Jeepy
Existem vários outros modelos de móveis. Só coloquei alguns que acho muito lindos. Todos são baixinhos    adequados para crianças pequenas (2 a 6 anos, ou um pouquinho mais). Vocês gostaram?

O Henrique adorou ser um menino grande e agora tudo que digo que não pode ele responde: "Mamãe, o Henrique é GRANDE sim!" Por exemplo, agora ele quer tomar café. Antes eu dizia: "Café é pra gente grande!" Agora, ele diz: "Então, mamãe, o Henrique é GRANDE sim!"