sábado, 16 de abril de 2011

Quando um já é o bastante


Penso muito sobre o segundo filho, se vou tê-lo ou não. Não que eu tenha ficado traumatizada com o primeiro filho. Cansada eu fiquei e muito. Mas amo ser mãe, na verdade amo ser a mãe do Henrique. Então me pergunto se só ele já não seria o suficiente.
Não é por causa do aspecto financeiro porque acho que sempre temos como adequar o orçamento dentro do possível. Mas ter um filho só é bem prático. Tem o pai e a mãe para olhar apenas um. Então podemos nos dividir para não sobrecarregar ninguém. Se precisamos sair, basta uma pessoa para dar uma mão. Fico pensando se fossem dois ou mais, seria impossível. Se apenas com um eu mal consigo respirar e fazer algo para mim, imagina com dois! E as brigas e o ciúme entre irmãos são tão estressantes, fico pensando se eu saberia lidar com isso.
Sei que também é muito bom ter irmãos para ter companhia e aprender a dividir. Mas dizer que filho único será sempre mimado e egoísta é algo muito ultrapassado. Acho que não existe regra. Conheço até muitas mães que conseguiram criar dois filhos únicos porque os irmãos não se dão bem e nunca dividiram nada. Aliás pessoas egoístas infelizmente existem aos montes, sejam filhos únicos ou não.
Então parece que quando você fala para alguém se não sabe se terá outro filho, parece que você é um E.T. Devem pensar que estou com depressão, ou sou preguiçosa ou que fiquei traumatizada. Isso também acontece quando alguém diz que vai ter o terceiro filho. Como assim foi planejado, que coragem?!
Por que, então, um só é pouco e três é demais? Por que dois seria o número ideal e perfeito? Na verdade, acho que não existe um ideal. O ideal pode ser um, dois, três, quatro ou até não ter filhos. Conheço alguns casais que fizeram a opção de não tê-los e os admiro bastante. Não podemos ter filho só por cobrança da sociedade. Também não devemos ter um segundo filho só para dar um irmão ao primeiro como se fosse um presente. E o terceiro filho pode sim ser muito desejado.
Algumas pessoas são bem práticas e se programam pelo prazo. Quando o primeiro está com um ou dois anos, engravidam do segundo para a diferença de idade não ser muito grande.
Aquele argumento de que o trabalho é um só, para mim não funciona. O trabalho é o de cada filho separadamente. Cada um exige os seus cuidados. Quem tem dois ou mais, tem o trabalho dobrado ou triplicado. Conheci uma mãe que me disse que ter dois filhos pequenos é como ter cinco, a mãe tem que ter olhos até nas costas. Mas a recompensa também é muito grande.
Então estou esperando Deus tocar o meu coração de mãe para me dizer se ainda cabe nele um outro filho. Assim como desejei tanto engravidar do primeiro, gostaria que o segundo, se ele vier, também seja muito desejado. E se isso demorar um ano, dois, três, quatro ou cinco, será o meu momento. Aí sim será o ideal para mim.

3 comentários:

Roberta Moraes disse...

Telma, filhos... Tê-los ou não? É uma decisão séria!!!
Para que vc decidisse ter o primeiro filho, você teve que renunciar muitas coisas, não é verdade?
Para ter o segundo também... e assim vai.
Educar é a parte masi difícil... é 24horas e cada criança é diferente da outra, apesar de serem do mesmo pai, da mesma mãe...kkk. Eles nascem sim com personalidade que podemos moldar com o tempo. Quando tive o meu primeiro filho, acreditava que podia ter 10 filhos... mas depois da segunda, vc sabe, agora me questiono sobre o terceiro. Desejo muito o terceiro, mas o coração não pensa!!! As vezes temos que ser racional. E momento certo não existe, sempre almeijamos mais alguma coisa.
Cabe a nós formar os conceitos na cabecinha deles, e acho que trabalhei tanto durante a gravidez a chegada do segundo filho, que graças a Deus nunca houve ciúmes e nem egoísmo pelo filho mais velho, sempre cede, compreendendo as necessidades do mais novo. Agora é trabalhar todos os aspectos conversando, olhando no olho, ficando da altura deles para que sejam compreendidos de igual para igual, para que obedeçam não por medo, mas por admiração. Analisando meus pais vejo que foi assim, não lembro de meus pais terem me batido... eu não desobedecia por medo de decepcioná-los, e uso isso com meus filhos..."mamãe vai ficar triste". Mas cada pessoa sabe o que é bom para si. Só não imaginaria sem irmãos, e você?

Telma disse...

Nossa, Roberta, agora você me pegou...
... minha vida sem minhas duas irmãs Márcia e Laura... não teria a menor graça...

Ainda bem que eu e a Márcia estávamos nos planos da minha mãe e ainda bem que a Laura estava nos planos de Deus (porque não foi planejada).

Adorei o seu comentário, de muito sabedoria como sempre. Também estou aqui para aprender com vocês. É uma troca de conselhos e experiências, porque penso que assim todo mundo sai ganhando.

Mas ainda não sei se virá o irmãozinho... vamos aguardar...

Laura Degani disse...

Eu acho que três é o ideal... Hi hi hi!!!!!